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Ladino - A revolução do ataque furtivo

  • Marcio Loureiro
  • 27 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Recentemente entrei de cabeça na nova aventura da Wizards, Storm King's Thunder, como um ladino meio-elfo swashbuckler. A mecânica do personagem me deixou fascinado. Dar sneak attack sempre que estiver em uma luta individual é um conceito incrível que gera muitas cenas épicas nos combates, além de todo aquele estilo "Han Solo medieval".


Entretanto, conversando o Mestre desta aventura (abraços, Michel) surgiu a ideia de abordar aqui no blog todo o folclore por trás do ataque furtivo do ladino. Uma breve pesquisa nos grupos de D&D por onde sempre passeio e já vi qual seria o tom do artigo. Mais uma vez a Quinta Edição veio para instigar a criatividade do jogador no 220V e quebrar a cabeça daquele mestre engessado.


Muitos jogadores já se depararam na seguinte situação: passar dias antes da sessão pensando em uma tática para se destacar no combate e na hora de rolar os dados, sob o olhar assustado do mestre sobre eles, simplesmente ser impedido por "não ter como dar sneak attack neste monstro". É frustrante, eu sei, mas graças a Tempus não tenho esse problema a alguns anos.


O ponto é o seguinte. Muita gente ainda tem pouca flexibilidade e imaginação na hora de abordar o dito ataque. Tenho por mim que muito disso seja a herança das edições anteriores de D&D que davam mil limitações aos ataques furtivos. Você devia estar a menos de 9 metros, não poderia afetar mortos-vivos, construtos, criaturas camufladas até mesmo por névoa etc. Eram muitas variantes, e esse costume talvez venha acompanhando alguns mestres que hoje tem em mãos uma campanha da Quinta Edição.


Mas seja você o jogador ou o mestre irá encontrar abaixo algumas explicações e ideias que visam estimular a criatividade na hora de utilizar o sneak attack. Afinal, as regras mudaram (para melhor) e nós não podemos ficar para trás.


Você pode mostrar pro seu mestre estes tópicos que tentam mostrar nas regras o que de fato foi alterado das edições antigas, deixando este recurso clássico muito mais dinâmico e efetivo. Além disso, ao final, bolei algumas dicas de interpretação pra instigar os ladinos leitores como versatilizar seus furtivos.


Player's Handbook: eu já repeti aqui algumas vezes que está edição de D&D veio para simplificar. Os três curtos parágrafos do PH que tratam sobre o sneak attack são prova disso. Você causa dano extra quando têm vantagem sobre um inimigo ou se um aliado está a 5 feet dele. Simples, não existe distinção entre oozes, mortos-vivos e humanoides, todos são sujeitos ao ataque furtivo do ladino.


Sage Advice: não seria incrível se os criadores do D&D 5e pudesse dar um jeito de responder as dúvidas dos jogadores ao redor do mundo? Pois é, eles estão respondendo. E vocês podem ver aqui, aqui e aqui que nem os esqueletos, nem os mortos-vivos, nem estátuas assassinas estão livres dos fulminantes golpes dos ladinos.


Swashbuckler: como assim ataque furtivo cara-a-cara com um inimigo e no bom e velho x1? Isso mesmo, mais uma vez o SCAG dando mais um passo em direção a inovação. É hora de rever velhos conceitos. O sneak attack é um golpe muito bem aplicado e não necessariamente um golpe vindo das sombras.


Interprete como quiser: aqui as coisas começam a ficar interessantes amigos. Se a regra te permite aplicar seus d6 adicionais, aplique-os, e não se esqueça de usar a imaginação para demonstrar como foi o desfecho.


Saiu das sombras direto com uma adagada no pescoço, um clássico. Mas e se você jogou sua capa no rosto do adversário e o esfaqueou no coração? Se você derrubou aquela pilastra bem encima do Cubo Gelatinoso, espalhando seus pedaços pela masmorra? Talvez o cabo de sua adaga ou a ponta de seu virote tenha entrado bem naquela fissura oculta do construto. Seu golpe final pode ter derrubado o inimigo naquele fosso sem fim ou feito-o correr em chamas até cair morto e incinerado (se for o golpe fatal). As possibilidades só são limitadas pela nossa imaginação, e claro, não se esqueça que um bom tiro na cabeça pode acabar com o mais temido morto-vivo.


Conclusão:


Deixe a imaginação fluir. Já está bem definido pelas regras que não existe mais essa leva de requisitos e limitações para esse que é um dos melhores e mais clássicos recursos de combate do D&D (alô fireball). Se o seu mestre te diz que não é possível, converse com ele, use a cérebro para pensar numa saída criativa.


Se você é um ladino você é um cara versátil. É claro que não adianta ficar batendo a cabeça com o Mestre, mas quem sabe aquele papo mole com proficiência em Persuasion e esse artigo dando Vantagem na rolagem não te permita jogar seu punhado de d6 contra aquele Dracolich?


Então é isso, galera. Lembrem-se que a diversão vem em primeiro lugar quando falamos de RPG, e se essa diversão significar dar um bom sneak attack em um Ooze sinistro não se esqueça que a criatividade é sua maior arma mágica.

 
 
 

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